Centro de Desenvolvimento

PSICOLOGIA CLÍNICA, EDUCACIONAL E SOCIAL

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terça-feira, 1 de novembro de 2016

RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE NA DEPENDÊNCIA QUÍMICA



Historicamente a religiosidade é definida pelo senso comum como “ópio do povo”, porém tem ganhado nos últimos anos espaço na literatura e estudos científicos. Na dependência de drogas a religiosidade/espiritualidade tem tido influência na recuperação mostrando atuação relevante em saúde e assistência social, suscitando nas comunidades cientificas mais pesquisas não só do tema mas, principalmente na compreensão do mecanismo que atua favorecendo uma recuperação com maior sucesso.
Religiosidade e espiritualidade, embora as vezes sejam usadas como sinônimos, são multidimensionais e possuem características especificas. A espiritualidade é definida pelos indivíduos por si mesmos, de forma individual e pessoal, livre de regras religiosas e reflete a busca por explicações acerca da condição humana. A religiosidade por sua vez é definida com prática e envolvimento com uma religião específica, envolvendo crenças, práticas e rituais com o “transcendente” definido como Deus ou outras divindades.
Entre adolescentes que praticam alguma religião há uma taxa menor de consumo de drogas, pois estes jovens desenvolvem a habilidade de auto regulação e fortalecem resiliência diminuindo assim a exposição a fatores e comportamentos de risco. Estes comportamentos perdem força por estarem em desacordo com normas estabelecidas e por não serem praticadas ou estimuladas pelo grupo de iguais.
Pesquisadores supõe que a religiosidade/espiritualidade controlam, indiretamente, o primeiro uso de droga por ação direta da estrutura familiar, pois é consenso de acordo com estudos, que pessoas que se declaram religiosas consomem menos droga, incluindo álcool e tabaco.
No tratamento em dependência de drogas as igrejas brasileiras tem assumido três linhas de ação:
1- Grupos religiosos de mútua-ajuda;
2- Frequência a cultos religiosos;
3- Desenvolvimento de religiosidade/espiritualidade, oferecido em Comunidades Terapêuticas.
Apesar disso, estes grupos tem sido pouco estudados para avaliação e eficácia. Vale a pena ressaltar que se observa um forte impacto da religiosidade/espiritualidade no tratamento da dependência química, sugerindo que este vínculo facilite a recuperação e diminua as recaídas.
Os principais mecanismos propostos pelos quais a espiritualidade/religiosidade atuam como proteção ao uso de drogas seriam:
1- Normas e condutas definidas e postura contra o uso de drogas;
2- Famílias propensas a dar exemplo de não uso de drogas;
3- Suporte social;
4- Círculo de amigos não usuários;
5- Pertencimento a um grupo coeso e acolhedor;
6- Fé e crença em um poder superior;
7- Oração e êxtase espiritual como fontes de prazer.
É em razão da atmosfera de acolhimento dos grupos religiosos que o adepto se sente impulsionado a continuar no grupo. Na fase inicial os indivíduos não são atraídos pela religiosidade/espiritualidade mas pelo acolhimento e identificação com a proposta do grupo, esta será desenvolvida em uma segunda fase, após adaptação ao programa do grupo. Inúmeras pesquisas demonstram que pessoas isoladas vivem pior do ponto de vista psicológico e físico, apontando a importância da rede social.
Atualmente, a associação entre religiosidade/espiritualidade e a recuperação de doenças é consenso. A questão mais profunda diz respeito ao mecanismo pelo qual a fé e busca pela religiosidade/espiritualidade determinam mudanças comportamentais e orgânicas.
A fé é uma emoção positiva, no entanto esta emoção em um indivíduo depende de fatores culturais, experiências de vida e reflete a crença em Deus e seus poderes. É interessante que o médico recomende um envolvimento religioso no processo de recuperação de seu paciente, caso este se mostre aberto para tal.
Porém, temos que apontar possíveis aspectos negativos da religiosidade/espiritualidade na saúde de alguns fiéis, tais como fanatismo religioso, crença na punição divina e na doença como um castigo a algo que precisa ser “suportado” para purificação. Estas crenças podem afastar o indivíduo do tratamento, pois ele acaba aceitando sua situação acreditando que o sofrimento é natural para a redenção de seus pecados, prejudicando o tratamento e possível cura.
Fonte de pesquisa: O tratamento do usuário de crack – Marcelo Ribeiro/Ronaldo Laranjeira
texto de Ana Pires em:
http://www.psicologiasdobrasil.com.br/religiosidade-e-espiritualidade-na-dependencia-quimica/

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

terça-feira, 15 de outubro de 2013

BANDA CO2ZERO CANTANDO ECOLOGIA


Banda CO2 Zero agradece a população que prestigiou o Show de lançamento do CD “Cantando Ecologia” na sexta feira passada. O Show foi visto por pelo menos 400 pessoas entre plateia, alunos e professores.

Logo na abertura do espetáculo o público foi surpreendido com um grande “quebra cabeça” construído em cubos de doze peças que formavam 6 figuras temáticas das músicas do CD. 

Ao abrir as cortinas, uma gigante torneira se mostrou imponente servindo de estrutura para cantar músicas que falavam de água e seu desperdício. Uma nave de plástico ficou sobre nossas cabeças tematizando a música “Visão do Espaço” e um globo terrestre ficou girando por mais de mais de 200 vezes durante todo o show e tematizava as músicas “Coração do Planeta” e “Terra”. 



Para reforçar tudo isso, mais de 30 alunos do Colégio Ideal cantaram e dançaram a música “Minha Bike é Vermelha” e Pinga Pinga sobre coordenação de Maibi. Momentos ainda mais emocionados vieram com a APAE dançando as músicas Coleta Seletiva, Água que Bebo e Chuva, sobre olhares de dona Lídia. 

Alem da energia do público que impulsionava o espetáculo em forma de aplausos, seis bicicletas geradoras de eletricidade garantiram eletricidade de palco, mais de 30 pessoas se revezaram nas pedaladas e puderam ver de perto o ciclista profissional Wady Feliciano do Pedala SBO em ação, permanecendo por mais de 2horas pedalando sem parar. 

No final do espetáculo, as crianças que participaram pedalando e dançando levaram para casa um CD autografado, sem contar com as vendas que fizemos no local.

O espetáculo “Cantando Ecologia” contou com os músicos da CO2 Zero Armelin, Kleber, Max e Regi, com as participações especiais de João Paulo Froner (Viola), Paulo Recchia (Teclados) e Vitinho vocal Infantil, 30 alunos e 4 professoras do Colégio Ideal, 16 alunos e 6 professoras da APAE, 12 pessoas na produção, um ciclista profissional e apoio do Pedal SBO . A direção artística foi do Piscólogo e Ator Thiago Suzigan Dagnoni e a energia renovável do Pedal sustentável.

Nos próximos dias toda renda da bilheteria será entregue para APAE, assim como 50% das vendas em CD realizadas no lançamento. A banda CO2 Zero tem vários shows que ocorrerão em São Paulo e Rio de Janeiro, onde os CD serão vendidos com a renda destinada para APAE de nossa cidade. Esperamos que este espetáculo tenha encantado o público que nos prestigiou e possa conquistar empresas da região a patrocinarem nosso projeto PROAC devidamente aprovado pela Secretaria da Cultura Estadual, algo que tornaria possível nossa região ter de volta o Espetáculo “Cantando Ecologia”. 

Banda CO2 Zero agradece publicamente todos as empresas que colaboraram com patrocínio, apoio, serviços, os meios de comunicação em especial a este jornal, Colégio Ideal, APAE, família e amigos que ficaram sem nós por muitas semanas e a população que comprou o ingresso social.


PARABÉNS AOS MÚSICOS, FOI MUITO EMOCIONANTE PARTICIPAR DESTE PROJETO!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Dinâmica de grupo com agentes de trânsito.


                      Durante esse ultimo mês a Atuação Serviços de Psicologia esteve trabalhando com os agentes de transito do município de Osasco-SP e do município de Suzano-SP, ao todo foram mais de 100 agentes.  O que podemos destacar que são amados por muitos e odiados por outros Junto ao trabalho foi relatado pelos agentes sofrerem agressões verbais cotidianamente e que já houve casos de agressões físicas. Mas aqui quero destacar que eles estão nas ruas e avenidas, garantindo a segurança no trânsito de motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. Os agentes de trânsito têm como missão oferecer ao cidadão condições de se deslocar com segurança e conforto, garantindo a qualidade de vida de toda a população é função do agente efetivar intervenções para garantir o melhor desempenho do trânsito, o que vai além da fiscalização cotidiana.  Também são responsáveis pela operação do trânsito, organização do tráfego em locais de difícil fluxo e pontos que estão sofrendo algum tipo de intervenção pública ou privada, executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis por infrações de circulação, estacionamento e paradas em vias públicas, tais como retenção e remoção de veículo, recolhimento de CNH e Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo.
Nossas dinâmicas e intervenções segundo os relatos dos próprios agentes, foram muito significativas e importantes, pois ali encontraram um espaço para poder expressar as angustias e fazer reparações entre a equipe, conforme acontecia a vivencia puderam olhar para si, perceber os pontos fortes e os pontos fracos, identificaram qual a melhor conduta para diversos tipos de encontro com a população, debateram como melhorar a educação no trânsito e é claro fortaleceram os laços do trabalho em equipe. As dinâmicas aconteceram durante os cursos para agentes de trânsito realizado pelos municípios.  É muito emocionante trabalhar com equipes tão grandes e perceber a valorização do ser humano dentro deste departamento.
 Parabéns as equipes e aos dirigentes que apostaram no trabalho e puderam sentir os resultados "na pele". 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

TRABALHANDO NO CREAS-POP DE LIMEIRA


O Centro de Desenvolvimento AtuAÇÃO desenvolveu neste ano de 2011 um trabalho junto ao CREAS-POP de Limeira - SP. O CREAS é um Centro de Referência Especializado de Assistência Social para a população de rua, que normalmente são pessoas que perderam todo seu vínculo afetivo familiar. Durante o trabalho observamos que na sua grande maioria essas pessoas são usuários de alcool e drogas, principalmente o alcool e o crack.


Nosso trabalho no CREAS foi de implementação de alguns serviços, como:

Desenvolvimento de Grupos Psicoterapeuticos,

Atendimentos Psicoterapeuticos Individuais,

Desenvolvimento de Palestras Temáticas,

Articulação de rede,

Abordagens de Rua,

Criação Cine Debate,

Construção Informativos,

Construção de Banners.

Edição da Cartinha do Morador de Rua.

Diagnóstico Social de pessoas que vivem na rua.

No final desse ano tanto a equipe do CREAS-POP como a equipe do Centro de Desenvolvimento AtuAÇÃO relataram o sentimento de trabalho cumprido, sentimento de alegria e paixão pelo que faz e pelo que vem fazendo. Conviver com essa problemática não desestimulou ninguém, pelo contrário, as pessoas a cada dia passsavam a ser mais criativa trazendo propostas para a resolver os mais variados problemas emergentes.


Como psicólogo e proprietário da AtuAÇÃO só tenho a agradecer toda minha equipe a equipe do CREAS e dizer que aprendi muito durante toda essa jornada.

ObRiGaDo GENTE!

NA FOTO EU E A SONIA REGINA MALTA DIRETORA TÉCNICA DO CREAS.





segunda-feira, 4 de julho de 2011

Atendimento Nutricional

             Atendimento nutricional personalizado, individualizado é baseado na compreensão de que cada organismo é único, com individualidades orgânicas e que interage de maneira específica com o ambiente, com fatores alimentares e comportamentais.
Uma consulta de Nutrição consiste em uma completa avaliação seguida pela elaboração do plano alimentar individualizado. 
A primeira consulta tem duração de aproximadamente 1 hora, onde será feita uma análise detalhada de seus hábitos de vida. Uma avaliação nutricional consistem em:


Avaliação alimentar: aplicação de inquéritos (anamnese alimentar) para que possa conhecer os hábitos do cliente, seus horários, locais de alimentação, assim como suas aversões e preferências alimentares.

Avaliação clínica: consiste na aplicação de um questionário para que sejam avaliados o histórico de doenças do cliente e de sua família, bem como o uso de medicamentos e seus exames laboratoriais. Esta avaliação é completada com análise física para que possamos detectar a presença de edemas, manchas na pele, danos nos cabelos, unhas e outros.

Avaliação antropométrica: por meio da aferição do peso e da estatura, calcularemos o índice de massa corporal do indivíduo (IMC). Esta avaliação é complementada com a medição das principais circunferências corporais (circunferências do braço, do quadril, da cintura e do abdômen) e com a verificação do percentual de gordura corporal.

Avaliação do gasto energético: o objetivo desta etapa é conhecer a rotina do cliente, dados de suas atividades diárias e informações sobre a prática de exercícios. A partir desta verificação calcularemos o metabolismo basal e o gasto energético diário do nosso cliente. (GEB E GET)

Estabelecimento de metas e objetivos: o cliente recebe o resultado da sua avaliação (conhece sua faixa de peso ideal e sua composição corporal) e combinamos suas principais metas e objetivos do trabalho nutricional.

Reeducação alimentar: será discutido com o cliente os principais aspectos da sua alimentação. A Reeducação Alimentar é iniciada e continuará durante todo o acompanhamento. Ela consiste em três etapas: abandonar gradualmente os hábitos alimentares não saudáveis, manter as condutas saudáveis e incorporar, aos poucos, novos comportamentos alimentares.

Elaboração do plano alimentar personalizado: Todas as consultas incluem orientação alimentar personalizada, organização de horários, assessoria para o uso de suplementos, fitoterápicos. Inclui ainda a montagem de orientações nutricionais abordando alimentos permitidos, produtos que devem ter o consumo aumentando, noções de hidratação. Elaboração do plano alimentar do cliente de acordo com seus ojetivos, idade, gostos, preferências, condição fisiológica e econômica. Todos os planos são individualizados, variados e flexíveis. Assim, o cliente terá uma alimentação saudável, sem precisar abrir mão de seus alimentos preferidos. O plano alimentar personalizado conta ainda com a parte de orientações nutricionais e entregue em até 5 (cinco) dias úteis após a primeira consulta.

           Uma vida saudável começa com uma boa alimentação. E infelizmente a maioria das pessoas só procuram uma nutricionista quando precisam emagrecer. Porém há vários outros motivos para você fazer um acompanhamento nutricional com um profissional qualificado:
  • Reeducação alimentar: aprenda como se alimentar bem através da escolha de alimentos nutritivos e saudáveis e adquira estes hábitos para a vida toda.
  • Prevenção e melhora nos quadros de doenças cardiovasculares, câncer, dislipidemias, diabetes, hipertensão entre outras doenças.
  • Mãe saudável, bebê saudável, criança saudável e conseqüentemente adultos saudáveis. Garanta saúde em todas as fases de sua vida.
  • Terceira idade com qualidade de vida. Saiba como a alimentação saudável pode ajudar nesta fase.
  • Menopausa: veja como os sintomas deste período podem ser controlados.
  • Descubra como adquirir energia física e mental através de uma reeducação alimentar.
  • Depressão: conheça alimentos que ajudam a eliminar os sintomas desta doença.
  • Atletas e Desportitas: saiba a importância de alimentar antes durante e após os exercícios físicos, diminuição de gordura corporal e aumento de massa muscular.  
  Constipação, dislipidemia, diabetes, estresse, ansiedade, cansaço, fraqueza, sonolência excessiva, desânimo e insônia, diabetes, hipertensão ou controle das taxas de colesterol, triglicérides, doença inflamatória intestinal, Para todos eles, o cuidado com a alimentação pode ser a chave de uma vida mais saudável.
Estes são alguns dentre tantos outros motivos que você deve procurar uma nutricionista. Cuide da sua saúde.!
Bruna Defávori
8219.6183

terça-feira, 17 de maio de 2011

Alimentação e Estética no Inverno

"Não deixe para depois o que você pode fazer hoje". Já ouviu essa frase? Então ela vale para aqueles que se esquecem do corpo e da saúde nas estações mais frias, acreditando que no verão tudo vai ser diferente. Se você quer fazer bonito no verão, os cuidados com o seu corpo devem começar agora. Devemos ter em mente que o consumo de uma alimentação equilibrada e a prática de uma atividade física regular vale para o ano todo.
O que muitos esquecem é que para chegar em forma no verão, é necessário cuidar do corpo a partir de agora, nos meses mais frios, uma vez que perder peso, e principalmente definir músculos e abdome, leva tempo. Por isso, mesmo nos dias mais frios, não podemos ter preguiça de jogar bola com os amigos, andar de bicicleta ou ir à academia. Atividades físicas espontâneas ou programadas são muito úteis para aumentar nosso gasto calórico e nos permitir comer as delícias dessa estação.
No Inverno, a alimentação da maioria das pessoas sofre grandes mudanças: as frutas e as saladas tornam-se menos apetitosas com o frio, é mais difícil de alcançar a quantidade diária de água, os sucos naturais e iogurtes são muitas vezes substituídos pelo café ou chocolate quente. Estas alterações podem levar a uma diminuição significativa da ingestão de vitaminas e minerais, diminuindo as defesas do nosso organismo e tornando-o mais susceptível a determinadas doenças, especificamente gripes e constipações. Além disso, podem levar também a um aumento significativo do peso durante o Inverno. Para se ter um maior consumo de nutrientes nesta estação do ano, escolha alimentos como, sopas ricas em legumes, pois aumentará seu consumo de vitaminas e minerais e para aumentar a ingestão de água consuma chás quentes.

E você sabia que o outono/inverno são as estações mais indicadas para a realização de tratamentos de estética corporal e estética facial?
Pois com o clima mais frio os pacientes diminuem a exposição ao sol, permitindo melhores resultados para os tratamentos e reduzindo os riscos de manchas ou outros efeitos indesejados.
Além dos tratamentos estéticos para o inverno, é preciso praticar exercícios físicos e cuidar da alimentação se quiser ter resultados eficazes e duradouros.

Se a idéia é estar em forma para o verão, não perca tempo, comece já!!!!




Venha conhecer o tratamento estético ideal para você.!


Agende seu horário - Avaliação Gratuita




Bruna Defávori


Esteticista e Estudante de Nutrição


Telefone para contato: (19) 8219-6183 / (19) 3463-1733




sábado, 12 de março de 2011

CASA DA SOPA


Gente conheci uma instituição que é SHOW de bola. Até coloquei uma nova barra de postagens no meu blogger que levará o nome de TIRO O CHAPÉL porque gostei muito, espero encontrar outras instituições assim...........

Enfim é a CASA DA SOPA EM LIMEIRA. PARABÉNS GENTE!!!!

O site da CASA DA SOPA é www.casadasopadelimeira.com

Faça uma visita!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

JORRNAL - PSI - EDIÇÃO 166

População de rua

Não dá pra varrer para debaixo do tapete

Em junho deste ano, o Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito civil com o objetivo de investigar se o Conselho de Segurança (Conseg), da região de Santa Cecília, na capital paulista, teria tentado impedir a distribuição de alimentos aos moradores de rua. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a entidade teria pressionado restaurantes e ONGs que atuam na região central a não doarem comida aos moradores de rua como uma forma de expulsá-los. Não são poucos os que apontam ações desse tipo, muitas delas promovidas pelo poder público local, como uma forma de higienismo social. Pessoalmente, tendo a ver nesse episódio e nas recentes políticas do poder público local a reedição de um velho preconceito, cuja expressão máxima é: ?nem gente eles são?. Qualquer que seja o caso, é clara a postura de tentar varrer para debaixo do tapete esse ?lixo ambulante? que enfeia, incomoda e desvaloriza as regiões nobres da cidade. Isso ficou claro, por exemplo, quando o governo municipal transferiu serviços destinados à população de rua para os bairros mais afastados. A lógica, estreita, foi a de que a presença do serviço atraía a população de rua para o centro. Logo, tirando o serviço dali, a população desapareceria! Não foi, evidentemente, o que aconteceu. Um mínimo de conhecimento sobre os hábitos da população de rua permitiria antever o que aconteceria. Para resumir: na primeira vez, o morador se deixa levar até o novo local, para onde o serviço foi deslocado. Ocorre que ele quer retornar para a sua rotina diária, no seu local de origem. É quando descobre que não terá como voltar, a não ser por conta própria. Pode demorar um dia ou uma semana, mas é o que ele acaba fazendo. O que acontece a seguir é o óbvio: ele não quer mais saber de sair do seu pedaço. Ou seja: joga-se fora a oportunidade de um trabalho de acolhimento e de reinserção social desses moradores e a tendência é a de que o problema somente se agrave com o decorrer do tempo. Rupturas - Vale lembrar que a dificuldade de reinserção de uma pessoa nessas condições é diretamente proporcional ao tempo em que ela vive na rua. A rua vicia. Ao mesmo tempo em que retira a dignidade da pessoa, traz uma sensação de liberdade: não há convenções a seguir, obrigações ou compromissos. Sair dela é uma ruptura, da mesma forma que entrar nela. Assim, quanto antes for feito um trabalho para a ?saída da rua?, maiores serão as possibilidades de que essa pessoa reconstrua sua ressocialização e, com ela, novas relações de apoio e reconhecimento. A questão das pessoas em situação de rua não é simples. Se levarmos em conta os números do censo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2009, veremos que, no caso de São Paulo, há uma quantidade relativamente pequena de pessoas: perto de 14 mil, em uma população de 11 milhões. A questão é que, sob a designação genérica ?pessoas em situação de rua?, o que temos diante de nós são 14 mil situações diferentes, apesar de aparentemente homogêneas requerendo, cada uma delas, um projeto de trabalho único. É preciso encontrar, em cada pessoa, a motivação que pode fazê-la sair da rua. E isso requer compromisso ético, vontade política, investimentos, pessoal treinado e continuidade no trabalho. Foi nessa direção que caminharam diversas ações da Prefeitura de São Paulo, em 2002, como os programas Presença Social nas Ruas e o Acolhe, que contavam com equipes treinadas e infraestrura de apoio, além de transporte e controle de vagas de seus ocupantes por uma plataforma digital, o SIS-Rua. Outra iniciativa importante foi a Oficina Boracea, que contava com um núcleo de inclusão digital, centros de serviços e lazer, canis para os animais de estimação e um posto da Caixa Econômica Federal que permitia a abertura de contas com valores reduzidos. Seu fechamento foi um equívoco. Compare-se o Boracea com a tenda instalada no Parque D. Pedro, onde os moradores de rua ficam estirados em precárias condições. Chamar um lugar como esse de ?Jardim da Vida? é, no mínimo, constrangedor! Uma política adequada deveria começar por respeitar a legislação já existente nesse campo. Refiro-me à Lei Municipal 12.316/97, posteriormente regulamentada pela então prefeita Marta Suplicy por meio do decreto 40.232/01. Refiro-me, também, ao recente Decreto Federal 7.083, de 23 de dezembro de 2009, que instituiu a Política para a População em Situação de Rua e criou um Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento de sua efetivação. Uma vez que me dirijo, aqui, aos psicólogos, penso que a população em situação de rua também deveria ser alvo da atenção da área da Saúde e, em particular, da Saúde Mental. Desconheço levantamentos que mostrem quantos, entre os moradores de rua, são egressos de instituições psiquiátricas, mas a experiência me faz crer que não são poucos. Há, aqui, um campo importante de atuação, que demanda políticas públicas intersetoriais e um debate mais aprofundado entre psicólogos e assistentes sociais. Acredito, por fim, que sempre existirão pessoas nessas condições, mas, também, que é possível abordar essa questão de uma forma que seja ao mesmo tempo humana e eficaz. Gente não pode ser tratada como lixo a ser escondido sob o tapete.


Aldaíza Sposati é assistente social, professora titular da PUC-SP em Política de Assistência Social e coordenadora da pós-graduação da Uniban.Foi vereadora e secretária municipal de Assistência Social na gestão de Marta Suplicy.