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sábado, 16 de outubro de 2010

DEPENDÊNCIA QUÍMICA


Hoje em dia infelizmente enfrentamos uma enorme problemática que envolve as drogas. Quem nunca ouviu falar da chamada cracolândia, na cidade de São Paulo. E as inúmeras tentativas de se acabar com ela. Sem falar em adolescentes que cometem delitos, deixam as escolas, agridem parentes, e logo se descobre que estão envolvidos com drogas. O que é realmente esta problemática que estamos vivendo?

Segundo a Organização Mundial de Saúde a dependência química é uma enfermidade incurável e progressiva, apesar de poder ser estacionada pela abstinência. No CID.10 a Dependência é definida como um “Conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após repetido consumo de uma substância psicoativa, tipicamente associado ao desejo poderoso de tomar a droga, à dificuldade de controlar o consumo, à utilização persistente apesar das suas conseqüências nefastas, a uma maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades e obrigações, a um aumento da tolerância pela droga e por vezes, a um estado de abstinência física. A síndrome de dependência pode dizer respeito a uma substância psicoativa específica (por exemplo, o fumo, o álcool ou o diazepam), a uma categoria de substâncias psicoativas (por exemplo, substâncias opiáceas) ou a um conjunto mais vasto de substâncias farmacologicamente diferentes.”

Muito se fala de dependência química. Mas, o que é isso afinal? A dependência química se caracteriza por o indivíduo sentir que a droga é tão necessária (ou mais!) em sua vida quanto alimento, água, repouso, segurança... quando não o é! Na verdade todos nós precisamos de algumas coisas para sobreviver, que são nossas necessidades básicas. Para um dependente químico essas coisas acabam ficando de lado e somente a droga é colocada como prioridade máxima, como se sua sobrevivência depende-se de mais uma dose. Porque isso acontece? Como uma pessoa toma esse caminho? Existe um tratamento?

No mundo em que vivemos, as cobrança do dia-a-dia, as pressões do trabalho e etc... são causadores de stress, e em busca de um “relaxamento” e “descontração” algumas pessoas acabam consumindo drogas sejam elas licitas ou ilícitas. Às vezes a busca é pela aceitação de um grupo, de um namorado ou em busca de si mesmo, mas, o fato é que ao consumir drogas o corpo sente sensações que são agradáveis e prazerosas no primeiro momento, depois que acaba o efeito da substância, a pessoa tem abstinência, tem sensações muito desagradáveis como ansiedade, irritabilidade, depressão, sudorese isso dependendo do metabolismo de cada um, até que consuma mais uma dose, proporcionando a instalação da doença, uma alteração da estrutura e funcionamento normal da pessoa. Por definição, como o diabete ou a pressão alta. Da mesma maneira que poderíamos cobrar o diabético ou o cardíaco de tomar os medicamentos prescritos ou seguir a dieta necessária, também poderíamos cobrar de um dependente que se responsabilize por seu tratamento, procurando um médico psiquiatra e um psicólogo. A dependência química não é simplesmente "falta de vergonha na cara" ou um problema moral, mas, uma doença. Diante de um uso continuo e abusivo de drogas o corpo começa a criar tolerância à substância e através desses sintomas desagradáveis o corpo passa a “exigir” que o dependente consuma uma quantidade maior da droga, levando o dependente ao descontrole de suas ações, trazendo para si uma série de problemas sociais, familiares, sexuais, profissionais e emocionais, podendo colocar em risco a sua vida e de seus familiares.

Quanto ao tratamento, da mesma maneira que um diabético nunca vai poder comer açúcar em quantidade, sempre olhando e vigiando sua doença. O dependente, se aceitar e realmente se engajar no tratamento junto ao psicólogo com acompanhamento individual ou em grupo terapêutico, pode viver muito bem sem a droga e sem as conseqüências da dependência ativa. É importante notar que qualquer avanço em termos de recuperação depende de um real e sincero desejo do paciente e só assim é que podemos pensar em um tratamento aberto, se não, será necessária uma internação em clinica especializada, muitas vezes uma internação involuntária, onde as crises de abstinência possam ser acompanhadas por profissionais especializados. O convívio com o dependente faz com que os familiares adoeçam emocionalmente, sendo necessário que o familiar também busque ajuda emocional, e, ao mesmo tempo, receba orientações a respeito de como lidar com o dependente, como lidar com seus sentimentos em relação ao dependente, o que fazer, o que não fazer, e sobre como proteger a si e aos demais membros da família.

Thiago S. Dagnoni

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